A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo diz que as notícias que davam conta do chumbo de todos os terrenos apontados pelas autarquias de Caldas da Rainha e Alcobaça para a instalação do Hospital Oeste Norte são uma “informação que não tem qualquer fundamento”.
No dia 30 de Abril o jornal digital Tinta Fresca anunciava que pela proximidade às linhas de água e pelo facto de não ser possível construir um heliporto, nenhum dos dois terrenos servia para a construção do novo hospital. Os presidentes das duas autarquias garantiram, na altura, desconhecerem esta situação. Já as perguntas que enviámos à tutela não obtiveram resposta em tempo útil.
A Administração Regional de Saúde vem agora esclarecer que “neste momento, a questão da localização e dos diferentes terrenos propostos está em análise por uma Comissão Técnica (na qual estão envolvidos o Instituto Superior Técnico e também a Administração Central do Sistema de Saúde)”.
Esta comissão esteve na região há duas semanas para visitar os terrenos em causa tendo-se deslocado às locais apontados pela autarquia caldense – junto ao Cencal, no terreno da Matell, em Tornada e a norte da fábrica de sabão – e o terreno de Alfeizerão comprado pela Câmara de Alcobaça. Tanto num concelho, como no outro, os técnicos remeteram-se ao silêncio.
Serralheiro entregou petição
O deputado independente da Assembleia Municipal, José Marques Serralheiro, foi a Lisboa entregar em mãos a petição assinada por 1.460 pessoas onde se reclama que a decisão da localização do Hospital Oeste Norte seja tomada até ao final deste mês. O documento foi entregue ao Ministério da Saúde, tendo ainda sido dado conhecimento do seu conteúdo à Autoridade Central dos Serviços de Saúde, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, gabinete do primeiro-ministro, Comunidade Intermunicipal do Oeste e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo.
O facto de se ter ficado muito aquém das expectativas, cuja meta era a das 6.000 assinaturas, não desmotiva o homem que há vários anos começou a defender a construção de uma unidade hospitalar que servisse toda a região. “Parece-me que houve medo das pessoas, até de quem trabalha nos hospitais de Alcobaça, Caldas e Peniche. Além disso, desafiei os autarcas da região a apoiarem-me, o que não aconteceu, à excepção do presidente da Junta de Freguesia das Gaeiras”, lamenta o também administrador hospitalar.
Esta foi também uma oportunidade para Serralheiro voltar a defender a construção do Hospital nas Caldas da Rainha, apresentando uma base de argumentação baseada nos critérios de avaliação de terrenos para unidades hospitalares. A ida a Lisboa serviu ainda para o administrador hospitalar divulgar a Maçã de Alcobaça. “Como de costume, levei comigo dez caixas de maçã oferecidas pela Frubaça, que entreguei em diversas entidades”, diz.
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